sábado, 31 de dezembro de 2011

Nós, os que já compreenderam a importância da paciência impaciente


Nós, os que já compreenderam a importância da paciência impaciente.Nós já não nos querem resolver nossos problemas, mas queremos resolver, juntamente com os companheiros zapatistas ao redor do mundo. 
Nós e nós vivemos em a fronteira de resistência. À margem da sociedade, mas essas margens estão ficando mais largas, maior, enquanto o centro é apenas um ponto em que os grupos financeiros reunir os nacionais 30, 100 grupos financeiros internacionais e uma classe política cada vez mais cínico.Nós os condenados da terra, os sem-teto, os sem-terra, os sem documentos, ninguém, de nenhum corpo.Nós, os que, em todo o mundo, decidimos que o nosso lugar é entre os rios, entre imigrantes, incluindo mulheres agredidas.

Conosco e reconhecemos que o esforço e a luta daqueles nós que buscamos ser. Nenhum dos que por trás de todo grande homem está uma grande mulher, não, nosso lema é que ao lado de cada mulher é um homem, não para defendê-lo juntos, mas para mudar as relações sociais de exploração que têm permitido a manutenção do patriarcado Ou para trás? 

Nós e decidimos ter que nosso destino, não importa a correlação de forças, nem o conselho prudente, e o tilintar dos senhores do dinheiro.Nós e nós que vivemos em Vicenza e Roma, em Paris, em seu banlieues tão cheio de raiva em Los Angeles e Nova Iorque, em Madrid, Barcelona e Zaragoza, em Buenos Aires, Uruguai e São Paulo. Em todos os cantos do mundo são o próprio mundo. .

Com tudo o que temos também construiu e isso inclui-nos que estamos juntos e nós, seus amigos, seus colegas, neste início de 2012, podemos dizer com algum orgulho: listamos @ s! Custou muito, estávamos errados, nós também, tive que aprender a desaprender, a mais complicada de toda a aprendizagem. Mas aqui estamos ao seu lado companheiros zapatistas ao redor do mundo. 

Sabemos que ninguém, a ninguém que somos, ninguém será. Aqueles de nós a partir da sombra, que andam na sombra, a sombra que diluí-los.

Fonte : Rádio Química

Saúde, Liberdade e ... Nenhum passo para trás!




É necessário fazer um novo mundo. Um mundo onde caibam muitos mundos, onde caibam todos os mundos!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

III ENGA - " A Carta"

O ENGA, surge a partir da vontade dos Grupos Agroecológicos se encontrarem em espaços alternativos. E são nesses encontros que a história está sendo vivida.


I ENGA - Curitiba/PR
II ENGA - Aldeia Velha/RJ
III ENGA - Sabiaguaba/CE

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

(UFRPE) Quem policia a polícia nas universidades públicas?

A Universidade Federal Rural de Pernambuco esta passando por um rápido processo de militarização. Seguranças de empresa privada circulam pelos corredores com arma de fogo, viaturas policiais e a cavalaria da policia militar de Pernambuco fazem rondas frequentes no campus de dois irmãos. O medo da violência urbana faz com que boa parte da comunidade acadêmica legitime a presença dos militares na universidade, deixando-os a vontade para coagir e reprimir as mais variadas ações estudantis.

Numa quinta-feira (01/12) estudantes foram abordados por policiais com a denúncia de tráfico de drogas e não se trata de um caso isolado, pois os policiais estão abordando estudantes no campus também por outros motivos; chegando a tolher, inclusive, a comunidade circunvizinha, proibindo-a de circular livremente na universidade, durante os eventos, inclusive nas calouradas.

Por esse motivo o REVOCULTURA realizará uma série de entrevistas com a temática:Quem policia a polícia nas universidades públicas?

Para continuar chamamos para essa roda de diálogo:





(Jimmy Carter )

Graduando em Ciências Sociais na UFRPE, Coordenador geral da casa dos estudantes da UFRPE, ex-conselheiro tutelar, documentarista, poeta e produtor cultural. Apresentou, durante dois anos, o programa Planeta Rock, na Rádio Bezerros FM e foi editor dos jornais Folha de Bezerros, Bezerros Hoje e A Voz de Bezerros.

Quanto o S.(a) acha que a presença da policia militar e de segurança privada armada fere a autonomia das universidades públicas?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Verdurada mostrou o seu poder. A força da iniciativa coletivo-lúdica



A Verdurada mostrou o seu poder. Em sua 5º edição recifense, a festa pretende instalar o clima de autogestão. Quase sempre o Hardcore: o cenário sonoro de uma mensagem direta que quer ser dita. Não precisamos do estatuto de arte, ou de música. Pouco importam as categorias conhecidas e institucionalizadas, o hardcore é o grito seco, cortante e, sobretudo, horizontal. Nos autênticos shows do underground, a banda se confunde com o público, não existe reverência, não existe “o grande artista”. 

Iniciativa e produção da Oxenti Records e do Elo Coletivo, a 5º Verdurada começou com o documentário “A revolução dos Cocos” que fala sobre um conflito armado entre o governo da Papua Nova Guiné e o movimento pela independência da ilha de Bougainville. Até aí o público estava disperso. Depois vieram as bandas Rabujo, Come Alive (PB), Como Desistir, Dispor (BA) e Libellula. Livros anarquistas à venda pelo Difusão Libertária, material de bandas, etc. Do grave ao ruído estridente, a música rápida se fez presente e resistente. 

Entre uma banda e outra, o Revocultura iniciou o previsto debate “Vida além do consumo”. No início, o público ainda disperso, o microfone falava sozinho, mas algo fez diferença no cenário: a comida. O jantar vegano estava sendo servido, cada um (a) com seu pratinho foi-se aquietando e sentando no chão, Muito barulho lá fora, tinha um Maracatu na esquina, mas uma galera enchia a barriga com atenção ao que se falava. 

O ser humano íntegro, desfragmentado , totalizado é aquele que come, bebe, socializa, dorme, brinca, sorri, cria, chora, dança, pinta, produz e canta. Respeitar a sua subjetividade, o complexo de suas necessidades, das fisiológicas às metafísicas, pois o humano contém o universo em si. À hora de comer despertou a disponibilidade de escutar. O ser humano íntegro venceu. 

O sujeito político e o sujeito pessoal não se separam. Dissociar essas duas facetas da vida humana é como separar o trabalho (que deve ser ação criativa) da vida social e quanto mais a produção humana se distancia das verdadeiras necessidades do indivíduo, mais ela se torna alienada. O microfone da 5º Verdurada não circulou tanto como seria um debate, mas as falas tentaram nutrir, a favor da autogestão, da congregação, do “façamos nós mesmos”.

Otávio Machado falando da Estatuinte da UFPE na TVU

Depoimento de estudante expulsa da USP

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rodas expulsa 6 estudantes da USP

Em despacho divulgado hoje no Diário Oficial do Estado de SP, o Reitor João Grandino Rodas decidiu expulsar 6 estudantes da USP moradores do CRUSP por conta da ocupação da sede da COSEAS (Moradia Retomada). As expulsões estão baseadas no decreto de 72, da ditadura militar, ainda vigente no Regimento Geral da USP, que permite perseguições e penalidades políticas.


Leia a seguir um trecho do Despacho divulgado hoje e dois artigos do decreto de 72:



domingo, 18 de dezembro de 2011

(UFPE)CARTA DO FÓRUM ESTATUINTE JÁ!



Temos o prazer de convidá-lo (a) para ingressar numa das lutas e participação mais importante na Universidade Federal de Pernambuco: Estatuinte Já! 

A UFPE como instituição pública, está presente na vida brasileira na pesquisa, na educação e na extensão. De forma direta e indiretamente, a UFPE participa da vida dos brasileiros , e, particularmente, a dos pernambucanos na área da saúde, da educação, do Estado, nas engenharias, no urbanismo, nos direitos humanos, nas humanidades em geral, nas artes etc. 

(Portugal)Sobre a criminalização da violência pelos próprios manifestantes

Este texto que segue foi originalmente publicado aqui, onde poderás encontrar (e participar) toda a discussão que vai gerando.

Escrevo este pequeno texto porque estou indignado! Estou indignado pelo facto dos “indignados” me roubarem a minha dignidade quando me roubam a possibilidade de me insurgir com todas as armas que possa ter à minha disposição contra a máscara visível de toda a miséria, corrupção e exploração. Estou indignado porque se o fizer seria considerado “polícia infiltrado” a soldo do Estado. Poucas coisas me roubam mais a minha dignidade do que essa afirmação e contra ela exponho a minha opinião.

#OcupaSampa – Que cria, dissolve e recria

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Poesia à Hator - Silvia Leocadio

Passei a andar sem nada saber.

Fiquei surda, muda

Louca e sem escolhas

Em nome do viver

o amor LÓKI


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

FIM DE ANO É UMA FESTA 201:Encontro afetivo de resistência política e cultural


Encontro afetivo de resistência política e cultural. FIM DE ANO É UMA FESTA 2011, misto de celebração e afirmação popular. Venham, cheguem e ocupem permanentemente conosco a Quadra do Mangueirão em Paratibe. Tragam suas idéias e intervenham neste espaço de todos. Apresentações de SUBVERSIVOS, TANGERINA AZUL, THE PRICE OF EXISTENCE e PGA. Exibição de vídeos com COLETIVO GAMBIARA IMAGENS, recital com as VOZES DA PERIFERIA. Mais ESCAMBOZINE e COLETÂNEA 02 ANOS ESCAMBO COLETIVO. Não é longe, pois a distância é algo relativo. Disponha-se a fortalecer esta e outras empreitadas para além do centrão recifense.


FIM DE ANO É UMA FESTA 2011

+Música

Subversivos
Tangirina Azul
The Price Of Existence
Projeto Gato Morto

+Intervenções Poéticas

Recital via #Freeporto

+Comunicação

Exibição de vídeos via Coletivo Gambiearra Imagens
Transmissão web rádio GRRR! via Recife Resiste
Transmissão live streaming via @escambocoletivo (Twitcam)
Escambozine via Escambo Coletivo

Sexta às 20:00 - 5 Verdurada



Os objetivos da realização da Verdurada são basicamente dois: mostrar que se pode fazer com sucesso eventos sem o patrocínio de grandes empresas e sem divulgação paga na mídia e levar até o público a música raivosa e as idéias e opiniões contra-hegemônicas.

(UFPE) Manifesto da ESTATUINTE JÁ!


Estudantes, professores e técnicos administrativos da UFPE vimos, através deste documento, manifestar nosso estranhamento, indignação e repúdio às propostas que vêm circulando nas últimas semanas na Universidade no sentido de: a) Conduzir uma reforma do estatuto da UFPE sem a convocação de uma Assembleia Estatuinte eleita especialmente para esse fim; b) Definir o método de condução dessa reforma de modoprecipitado, no apagar das luzes do semestre letivo e na entrada do recesso acadêmico.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mudanças no Código Florestal transformam florestas em ativos nas bolsas de valores



Por Leandro Carrasco e Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST


No embate sobre o novo Código Florestal, o que não falta são pontos que apontam no sentido contrário às propostas da agricultura familiar, dos movimentos sociais e organizações ambientais.

Um desses pontos é a chamada mercantilização da natureza, um dispositivo que permitirá que as áreas de conservação – tanto as Áreas de Preservação Permanente (APPs) quanto as Reservas Legais (RLs) – se transformem em títulos especulativos comercializados na Bolsa de Valores.

Ou seja, grandes proprietários que desmataram suas áreas de preservação não precisariam mais fazer a recomposição. Bastará apenas que comprem títulos de outras áreas que se destinariam somente para essa função, as chamadas Cotas de Reservas Ambientais (CRA).

O aniversário de 3 meses de Ocupar Wall Street



Junte-se artistas, músicos e membros da comunidade local para um evento desempenho durante todo o dia em apoio à Ocupar Wall Street re-ocupação do espaço no centro de Manhattan.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO e direito de se reunir são sagradas liberdades humanas. Ocupam Wall Street renovou um sentimento de esperança, reavivaram a crença na comunidade e despertar um espírito revolucionário muito tempo silenciados. Para Ocupar é incorporar o espírito de libertação que desejamos manifestar em nossa sociedade.

domingo, 11 de dezembro de 2011

(Terça) Fórum Estatuinte Já! UFPE

Somos estudantes e trabalhadores da UFPE! Juntos por uma universidade verdadeiramente democrática!!

O Estatuto da Universidade que carrega consigo o peso do autoritarismo de outrora, anos de chumbo e silêncio, passará por um processo de reforma e revisão...mas sem a participação da comunidade acadêmica?
Por uma Estatuinte Já!!!
Nossas vozes não podem ser caladas!

ESTATUINTE JÁ!

I Copa Jorge Ventura de Futsal (versão beta)


Sim, sim, sim!

Nos dias 15 e 16 de dezembro ocorrerá a Copa Jorge Ventura de Futsal (versão beta).

Local: Quadra do Colégio Aplicação - CAp UFPE.
Horário: à partir das 8h30

Pretendemos organizar um campeonato feminino e outro masculino.

Inscrição: R$10,00 por time. A ficha de inscrição deve ser enviada(ao email dacsufpe@gmail.com) até o dia 10/12, o pagamento poderá ser feito até o primeiro dia da Copa, dia 15/12.

Times: Devem ter de 5 à 8 jogadorxs

Download da ficha: www . 4shared . com/get/7iLDqvOf/ficha_copa_jv . html

Com os horários apertados, estamos correndo na organização. Pedimos que ajudem na divulgação e, claro, montem seus times o mais rápido possível!

(12/12) Ato contra proibição da livre circulação em vias públicas

NO DIA 12 DE DEZEMBRO DE 2011 CONVIDAMOS OS CIDADÃOS PERNAMBUCANOS A PARTICIPAR DO ATO CONTRA AS PLs 161, 128, 129, 130/2011, PROPOSTAS PELOS VEREADORES SERGIO MAGALHÂES (PSD) E MARILIA ARRAES (PSB), E QUE FEREM OS NOSSOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS DA NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

A PL 161/2011 VISA PROIBIR A REALIZAÇÃO DE QUALQUER EVENTO - DESDE MARCHAS CONTRA A CORRUPÇÃO, OU PARADA GAY, BEM COMO O BLOCO DO CAMBURÃO E O RECIFOLIA - QUE NÃO PERMITA O LIVRE TRÂNSITO NA AVENIDA BOA VIAGEM E CONDE DA BOA VISTA;

AS PL 128, 129, 130/2011 VISAM PROIBIR O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS EM VIAS PÚBLICAS DA CIDADE DO RECIFE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

ESSES PROJETOS DE LEI FEREM OS NOSSOS DIREITOS CONTITUCIONAIS:

"Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;"

O ATO OCORRERÁ NA CAMARA MUNICIPAL DO RECIFE AS 14H30.

LEIS MUNICIPAIS NÂO PODEM SE SOBREPOR A LEIS CONSTITUCIONAIS.

Segunda-feira vai haver a segunda votação as 15h.
Essa votação deveria acontecer no dia 7 de dezembro, mas foi adiada porque não tinha vereadores suficientes. O mínimo numa votação é de 19, no dia só tinha 13.
Hoje (09.12.11) teve expediente, Marília Arraes resolveu ficar em casa ao invés de ir trabalhar. Ou viajou com os outros colegas.

Vamos impedir eles de destruírem nossa cidade.
Vamos mostrar que não queremos essa Lei, compareça!!

DeRUA

Antônio, 36 anos, mora na rua faz 10 anos, acompanha e intervem na ocupação desde 15 de Outubro. Este é um documentário que acompanha as idéias e afazeres de Antonio, que junto a uma diversidade de “realidade” se integra à acampada com sua proposta prática de integração.





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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sábado dia 10/12 às 18h - Rede Estilhaço no Festival ABOLISOUND



O ESTILHAÇO é uma tentativa de convergência de alguns coletivos,que não tenha atuação pautada em vias eleitorais, por terem inserção em movimentos sociais e por não se basearem em relações políticas hierárquicas, além de, logicamente, terem uma visão crítica ao modelo capitalista de sociedade. A idéia é criar laços de solidariedade, dando visibilidade a iniciativas que busquem um projeto alternativo de sociedade e, portanto, construir mais uma jornada de resistência.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

(UFRPE) Quem policia a polícia nas universidades públicas?

A Universidade Federal Rural de Pernambuco esta passando por um rápido processo de militarização. Seguranças de empresa privada circulam pelos corredores com arma de fogo, viaturas policiais e a cavalaria da policia militar de Pernambuco fazem rondas frequentes no campus de dois irmãos. O medo da violência urbana faz com que boa parte da comunidade acadêmica legitime a presença dos militares na universidade, deixando-os a vontade para coagir e reprimir as mais variadas ações estudantis.

Na última quinta-feira (01/12) estudantes foram abordados por policiais com a denúncia de tráfico de drogas e não se trata de um caso isolado, pois os policiais estão abordando estudantes no campus também por outros motivos; chegando a tolher, inclusive, a comunidade circunvizinha, proibindo-a de circular livremente na universidade, durante os eventos, inclusive nas calouradas.

Por esse motivo o REVOCULTURA realizará uma série de entrevistas com a temática:Quem policia a polícia nas universidades públicas?

Para começar chamamos para essa roda de diálogo:


OTÁVIO LUIZ MACHADO: Pesquisador do Programa Juventudes, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania da UFPE (PROJUPE)

Quanto o S.(a) acha que a presença da policia militar e de segurança privada armada fere a autonomia das universidades públicas?

RESPOSTA: Como tratamos de uma instituição educativa e voltada à formação de pessoas e à produção de conhecimento para a sociedade, o que se percebe que a presença de uma estrutura criada exclusivamente para a repressão não coaduna com o ambiente do qual falamos. O investimento em seguranças concursadas, a utilização de tecnologias voltadas a prevenção de crimes e outras formas mais efetivas e próprias para esse ambiente precisam ganhar destaque. 

Qual é o papel da polícia militar dentro do campus numa conjuntura de democracia representativa no Brasil?

RESPOSTA: O papel da PM no campus cumpre esse papel exclusivo de ser o braço repressor do sistema no ambiente universitário. As práticas e ações dessa instituição não atendem a nenhum projeto de universidade democrática.

Por que o estopim é vinculado ao consumo de maconha e não outros fatos mais sérios que deveriam mobilizar a comunidade acadêmica?

RESPOSTA: Sempre é preciso de uma justificativa para implantar o que não foi amplamente debatido pela universidade e nem pela sociedade. O consumo de drogas envolve aqueles que na visão autoritária precisam de controle e de repressão: a juventude como um grupo propenso ao crime e à violência e que precisa ser vigiado, reprimido e punido.

Quem policia a polícia nas universidades públicas?

RESPOSTA: Ninguém.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

SEBOOK: 2º natal do poetas - UFRPE - Dois Irmãos


SEBOOK apresenta:
2º natal do poetas - UFRPE - Dois Irmãos
07/12 [quarta-feira] - ao entardecer

se liga e traz teus poemas.
RECITAL NA NOITE DA SEXTA FEIRA - DURANTE O FESTIVAL PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL

(UFPE) É HOJE O ATO DE LANÇAMENTO DA ESTATUINTE JÁ!

Nós abaixo assinados, estudantes, professores e técnicos administrativos da UFPE vimos, através deste documento, manifestar nosso estranhamento, indignação e repúdio às propostas que vêm circulando nas últimas semanas na Universidade no sentido de: a) Conduzir uma reforma do estatuto da UFPE sem a convocação de uma Assembleia Estatuinte eleita especialmente para esse fim; b) Definir o método de condução dessa reforma de modo precipitado, no apagar das luzes do semestre letivo e na entrada do recesso acadêmico.

Destacamos que a elaboração do novo estatuto da UFPE não é e não deve ser vista como uma questão “meramente” técnica ou burocrática. O estatuto, como lei fundamental da organização, é o documento que define o modelo de universidade que teremos; seu sentido, sua vocação, suas relações com a sociedade e suas dinâmicas de decisão. A metodologia de elaboração do estatuto, nesse contexto, já traz fortes implicações para a definição de quais os atores, lógicas e valores que prevalecerão na conformação do texto final do mesmo e, consequentemente, do modelo de Universidade que será estabelecido. A luta pela Estatuinte representa uma bandeira histórica da comunidade universitária da UFPE que sempre repudiou o caráter autoritário das normas do atual estatuto, estruturado ainda de acordo com os parâmetros impostos pela ditadura militar. 

Defendemos que os debates para a elaboração do novo estatuto devem apontar inequivocamente para o caráter público e democrático da Universidade, resistindo às concepções tecnicistas e privatistas que contínua e reiteradamente tentam nos impor. Defendemos, portanto, que a única forma legítima de construir o nosso Estatuto é: 1. Instaurar uma Assembleia Estatuinte exclusivamente construída para este fim; 2. Garantir que esta Assembleia seja composta, de forma paritária, por representantes eleitos pelos três seguimentos da Universidade (estudantes, professores e técnicos administrativos). 

Convocamos a todos os que se identificam com esses princípios e propostas para participarem do FÓRUM ESTATUINTE JÁ, cujo ATO DE LANÇAMENTO será realizado no dia 6 de dezembro de 2011 (terça-feira), às 9h, no Pátio da Reitoria da UFPE.

domingo, 4 de dezembro de 2011

(USP)Na última assembleia do ano, estudantes decidem manter greve até 2012

Os alunos da USP realizaram a última assembleia geral do ano, na quarta-feira, 30 de novembro. Cerca de 1500 estudantes, reunidos na Prainha da ECA, decidiram entrar o ano de 2012 em greve.

Apesar dos argumentos de que seria necessária uma nova assembleia na segunda semana de dezembro para manter o Movimento Estudantil ativo, os estudantes votaram por encerrar as assembleias e se concentrar agora na recepção aos calouros – até porque o público das assembleias tem sido cada vez menor. “Não adianta [fazer] assembleia com a USP vazia, temos que sair em greve e voltar com uma calourada forte” e “Uma assembleia vazia pode deliberar qualquer coisa” foram os argumentos usados na defesa dessa proposta.
Greve em 2012

O encaminhamento seguinte foi a definição de uma data para a primeira assembleia do ano que vem. Parte dos alunos defendia que os calouros já ingressassem na USP em greve e que a assembleia fosse realizada na semana imediatamente após a da Calourada. “Que os calouros entrem na nossa greve. Se decidirmos manter a luta, que eles entrem na luta” e “A Calourada não pode acontecer em situação de normalidade”, disseram os alunos a favor da proposta. Por outro lado, alguns estudantes defenderam que a assembleia só poderia acontecer duas semanas depois da recepção dos calouros, para que eles tivessem tempo de discutir a greve em seus cursos. “Não podemos decidir, em assembleias reduzidas, pela massa que vai entrar em 2012. Temos que conversar com eles”, argumentaram.

Os alunos decidiram que a assembleia não poderia esperar, e ela foi marcada para a quinta-feira subsequente à semana da Calourada, dia 8 de março, porque “o momento de discussão é a própria semana da Calourada” e a greve não seria “imposta, mas tentaria trazer mais gente para o movimento estudantil”.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Algumas linhas sobre arte e política...

"Supõe-se que a arte é política porque mostra os estigmas da dominação, ou então porque coloca em derisão os ícones reinantes, ou ainda porque sai dos seus lugares própios para se transformar em prática social, e assim por diante. Depois de um século bem contado de suposta crítica da tradição mimética, é forçoso verificar que esta tradição continua a ser dominante nas formas que se pretendem artísticas e politicamente subversivas. Supõe-se que a arte nos torna revoltados ao mostrar-nos coisas revoltantes, que nos mobiliza pelo facto de se mover para fora do estúdio do artista ou do museu e que nos transforma em opositores ao sistema dominante negando-se a si mesma como elemento desse sistema. Coloca-se sempre como uma evidência a passagem da causa ao efeito, da intenção ao resultado, excepto se se supuser que o artista é inábil ou o destinatário incorrigível."


Retirado de: 
ESPECTADOR EMANCIPADO, cap "Os paradoxos da arte política"- Jacques Rancière

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Ocupa Rio foi ocupada! "Chama o ladrão!"

No dia 24 de novembro a Ocupa Rio recebeu a visita inesperada do subprefeito Thiago Barcellos cercado de policiais. Os acupantes tentaram dialogar, mas o homem disse que não tinha nada para conversar e deu um ultimato: queria todos fora dali, pois voltaria no final da tarde com a PM para expulsar todo mundo. O motivo: "a Cinelândia" já tinha se livrado dos "mendigos" e a ocupação tinha feito eles voltarem. Até agora a PM ainda não veio, mas ficou claro que para os comerciantes da região e o subprefeito a Ocupa Rio "já não é mais um ato político", pois "cada vez há mais moradores de rua!"

O cenário da Ocupação mudou bastante: não se vê mais aqueles formigueiros de pessoas, a maioria de classe média. Agora há 34 barracas, a grande maioria ocupada por moradores em situação de rua. A rede de apoiadores da Ocupa continua forte: oficinas e assembléias diversas surgem todos os dias, intercaladas com rodas de samba. Um dilema decisivo vem se colocando: como construir uma luta comum, uma estratégia que consiga unir histórias tão difíceis? Há também uma inspiração no ar, o sentimento de que se a comunicação for possível, um movimento poderoso poderá nascer.

Ontem foi a reunião aberta do CMI-Rio na Ocupa. Com uma participação flutuante de cerca de 20 pessoas, marcou a volta das atividades do coletivo do Rio e a entrada de novos/as voluntários/as. Durante a reunião, duas mulheres interromperam a "pauta" e fizeram longos desabafos sobre as suas vidas de opressão e resistência cotidiana, uma delas até chorou. "A resistência à organização da vida como sobrevivência contém mais poesia do que tudo que se publicou em verso e prosa" (I.S.). Muitos/as ainda pensam que não há, nessa praça, o desenrolar de uma ação genuinamente política!

Fonte:http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/12/500777.shtml
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