O diretor-executivo do Partido Libertário dos EUA, Wes Benedict, expõe, em entrevista, a visão e a linha ideológica da agremiação que se considera "igualmente distante" de Democratas e Republicanos.
Por Olavo Soares [12.07.2011 18h20]
Democrata e Republicano, os dois únicos partidos que existem nos EUA, certo? Errado. Embora os dois dominem - com larga vantagem - a política do país de Barack Obama, há outras agremiações de relativo peso que também militam por lá.
O mais forte dentre os outros é o Partido Libertário. A sigla existe desde 1971 e, nestes 40 anos, consolidou sua posição de "terceira força" -
detém uma série de mandatos em todo o país, como pode ser conferido em seu site oficial.

O diretor-executivo do partido, Wes Benedict (
foto: divulgação), concedeu uma entrevista exclusiva ao
Blog Olavo Soares, na qual expôs a visão e a linha ideológica dos libertários. Segundo Benedict, o partido está "igualmente distante" de Democratas e Republicanos - não podendo, portanto, ser comparado a nenhuma das siglas maiores.
De fato, o programa do Partido Libertário é não apenas distante dos partidos que comandam a política local como, de certo modo, foge até do que nós brasileiros estamos habituados a definir como política. Pense em uma disputa eleitoral brasileira, por exemplo. Por mais que os partidos se digladeiem e façam o maior esforço possível para se mostrarem diferentes, ambos dirão que querem "melhorar saúde e educação", não é mesmo?
Pois bem: os libertários não querem "melhorar saúde e educação". Ao contrário, o que eles querem é acabar com saúde e educação fornecidas pelo governo. E com grande parte dos serviços públicos. A filosofia do partido é que o estado deve aceitar que é incompetente para tocar estes serviços, assim delegando-os para a iniciativa privada. Com isso, na visão deles, os impostos se reduziriam drasticamente e a população pobre seria a maior beneficiada.