quinta-feira, 11 de agosto de 2011

pra não dizer que não falamos de autonomia social




passados exatos 2 meses do último Revocultura, uma ousada definição, se é que ela é possível:

breve relato do Afroruptura:

"o Afroruptura também venceu. mesmo que não saibamos, ao certo, e ainda, o que significa vencer. muitas atividades na cidade foram marcadas para o mesmo dia, simultaneamente ao Revocultura, e o público terminou se dividindo. mas só temos a comemorar, são mais espaços autônomos e empenhados na ruptura que estão surgindo. e nessa onda de recriação, estávamos lá, no dia 11 de junho, no Museu da Abolição, revoculturando.

algumas oficinas não rolaram, o almoço só conseguiu sair no fim da tarde. mas a música não cessava. a velha lona do Revocultura estirada no chão, pessoas deitadas, conversando ou jogando gamão. capoeira angola. pintura na parede, cota para o refrigerante, yoga no começo do dia, estúdio livre no começo da noite. sabíamos que a proposta de programação podia mudar totalmente, e mudou. mas ninguém disse que não podia mudar. o Revocultura significa apostar no (e sobreviver do) caos dinâmico e autônomo dxs agentes da festividade."
(escrito em 15 de junho)


Revocultura não é um grupo, é uma ação. e esta ação pode e deve ser construída por aquelxs que colaboram a cada festival, nos bastidores e na hora. desde a logística até o espírito. este é o Revo, uma proposta de evento que tem vida própria - e deve ser impulsionada por quaisquer uns(umas) de nós, coletivo, criativo e afetivamente. o festival pode mudar e é importante que mude, mesmo que por alguns dias ou meses ele não seja nada. sem medo do fim, em busca da transformação. a essência: fomentar a arte e a cultura livres.


"A essência da festa: cara a cara, um grupo de seres humanos coloca seus esforços em sinergia para realizar desejos mútuos, seja por boa comida e alegria, por dança, conversa, pelas artes da vida. Talvez até mesmo por prazer erótico ou para criar uma obra de arte comunal, ou para alcançar o arroubamento do êxtase. Em suma, uma "união de únicos" (como coloca Stirner) em sua forma mais simples, ou então, nos termos de Kropotkin, um básico impulso biológico de "ajuda mútua". (Aqui devemos mencionar a "economia do excesso" de Bataille e sua teoria sobre a cultura potlatch.)" (extraído de Zona Autônoma Temporária - Hakim Bey)

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