Quando falamos de coisas como: questões estruturais, exploração, luta social, classes, revolução, etc., às vezes esquecemos de algo fundamental, que é o fator humano por trás de tantas abstrações sociais. Uma multidão, para além de ser multidão, é também agrupamento de indivíduos, cada qual trazendo e construindo seu caminho.
A resistência contra a opressão, antes de tudo, é um ato de amor. O desenvolvimento desse amor é algo muito delicado, pois as pessoas são delicadas. Por sermos delicados é que atacamos, o medo nos leva a ferir o outro, e vivemos uma realidade que nos provoca muito medo, sempre. Nesse sentido, um projeto político que não tenha a preocupação de cuidar do outro é algo que já nasce vencido.
As mentes têm ritmos que não cabem em nenhuma teoria.
Pensamos que o caminho da resistência e da revolução passa necessariamente pela educação, como exercício de reconhecimento do outro, troca, crescimento conjunto. Sim, as pedras são necessárias, mas também o diálogo, enquanto um exercício franco de escutar.
Estaremos nessa sexta (02/11) no programa do Revocultura, na Radio LA.M.A, às 19:30h, discutindo um pouco sobre a construção do Paideia, pré-vestibular com enfoque em formação humana e crítica. Debateremos a relação dessa experiência com um projeto de resistência social, e o que esse nosso primeiro ano nos ensinou, em termos de possibilidades práticas de intervenção na realidade.
Para acompanhar esse papo, acessem o portal radiolivre.org e procurem a rádio LA.M.A (Laboratório de Mídias Autônomas).
Abraços.
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