sábado, 7 de janeiro de 2012

os olhos de Owsley


(Ganjarts Pessoa)

Apontaram aquela luz vermelha na minha testa em plena passeata e
parecia que sangrava a minha testa a todos que estavam ao lado.
acompanha-me e perseguiam minha face como uma antena grande e
eloquente feita de aço e um punhado de mentiras feitas para corar
sofistas. Era um gole que ofereciam. e era demais a dose, e era pouca
a vontade de entorpercer-me, queria estar lucido antes de entrar no
youtube.



Aquela luz vermelha na minha testa, era grande mesmo a distância e era
frágil como um interruptor. ou um obstáculo. Um oboé na minha cabeça,
uma gaita de folem, uma sanfona um berimbau, tudo tocava na minha
cabeça e protegia a minha testa daquela luz vermelha, estava ali,
sangrando um pedaço de revolta em plena avenida, um arquivo aberto que
alguns sem sentido queriam fechar, numa pauta, ou nuna desculpa rasa
para avassalar e passar por cima de mim como um trator verde como uma
nota grande de um dolar ou um pedaço de uranio enriquecido.
Eu esquivava. Aquele lenço que ganhei tinha uma utilidade afinal, para
nao respirar fuligem, para não respirar um pedaço de pó da farc ou do
tubo da tv - todos tóxicos e inuteis. - todos toxicos e inúteis = eu
gritei de dentro do meu coração para que um silencio me abracasse, e
eu caisse civil e desobediente no chao de uma das cidades em que sou
turista, por que todas as cidades do mundo merecem serem visitadas e
vividas uma vez que seja, sem engarrafamentos, sem outdoors, sem
esgoto ao ceu aberto, - todos toxicos e inuteis, eu gritei de dentro
do meu coração.

agora estao parados. aquelas estensoes aos que seriam braços pausados
no ar, e mesmo assim, nenhuma borboleta ousa pousar, e se ousassem, eu
gritaria - nunca serao flores, nunca serao galhos, nunca se
dependuraram em meu corpo, nunca, nunca para jamais. eu quero uma
pedra das suas ruinas desfiguaras no vidro do teu corpo como um
passaro canoro que despedaçasse o ceu com um canto que só os passaros
ouvem, eu quero ser um passaro também, na medida do impossivel e
rasgar com um vento e um coquetel molotov a tua mercedes.
que sosa me perdoe. mas merecemos sosa.

quando amanha chegar, por que agora é agora, eu quero esquecer que
suas fardas existiram, que voces se vestiam de bifes de todos os
bichos e que também sangravam, por que também sangravam, petróleo e
nao nos poupavam de ir a lua buscar um naco de minério,
eu queria te jogar um minerio da lua na cara.

eu quero te jogar um minherio de lua na cara.

porque? por que a lua é maior que nois dois juntos, a vida das mares
anda ao seu lado e é uma boa vizinha pras moças da africa que eperam
para cortar seus cabelos na hora certa para fazerem tranças bonitas e
coloridas.

mas isso não apareceu no seu treinamento, e é inadmfinissivel que seu
chefe tenha visto isso e rido, achado ridículo com a africa não
conhece creme rinse.

a africa conhece a gordura da cabra.
a grécia conhece cremes nas favelas
o oriente tem azeite nos cabelos
e todo mundo cuida de todo mundo, por que? por que isso é a vida, e só
quem é de morte é o canhao do teu patrao e a bucha do teu corpo na
linha de frente.

e eu to na tua retarguarda vendo onde estao as tuas costas.

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