domingo, 25 de setembro de 2011

A cor dei...

Acordei

A cor dei e ele nem sentiu

O canto da cama vazio

Por isso dei sua cor

Odeio dar a cor a outra pessoa

Cor e ação, doí meu coração

Cor minha, ele me dá

Mas tento o tempo todo compartir

Me parte ficar só

A cor não preenche o vazio nas coisas...

Acordei num susto

Dei sua cor

Aceitou o mundo

Estas a andar vagando

E o zumbi eu da noite passada

Vê bichos na comida bem preparada

A cor dei e o povo grita:

- Quem quer cor dada?

-Quem quer cor doada?

- Olha a cor de graça!

Vai coisa colorida, te dei por nada!

Estou agora acordada.

A cor que dei

Podia ser toda minha

Acordo nosso daquele dia

A cor dos olhos cristalinos

O cordão em desalinho

Angustia perder a cor

Mas dei a cor e aceitaram

Ajeito o cabelo

Passo batom vermelho

Aceito elogios alheios

Dei a cor e posso dizer

Não quero cor

Até que passe o rancor.



Pollyanne Carlos.

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