Por Vanessa Ramos
Da Página do MST
Desde o início da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, NA segunda-feira (22/8), movimentos sociais do campo mantêm acampamentos em sedes do Incra, mobilizações em frente a órgãos públicos, além de marchas e protestos por todo o Brasil.
A iniciativa tem como objetivo o assentamento das 60 mil famílias acampadas, a recomposição do orçamento do Incra e a renegociação das dívidas dos assentados e pequenos agricultores.
Foram realizadas ocupações em 10 sedes do Incra em todo o país. Os estados que tiveram as sedes do Instituto ocupadas foram: Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, duas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.
Até o final da tarde desta sexta-feira, seis sedes do Incra já foram desocupadas (Alagoas, as duas no Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina), os Sem Terra permanecem em três (Maranhão, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo) e devem sair ainda hoje do prédio em Pernambuco.
Balanço
Em Alagoas, cerca de 1000 pessoas participaram de ações. Os movimentos sociais que lutam pela Reforma Agrária tiveram audiência com a superintendente do Incra na quarta-feira (24/8). A ocupação do Instituto durou até quinta-feira (25/8).
A audiência foi positiva e a superintendente se comprometeu em encaminhar a pauta da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina para resolução no âmbito do governo federal.
No Espírito Santo, aproximadamente 400 pessoas participaram da ocupação do Incra de Vila Velha, Espírito Santo. Eles reivindicam desapropriação de terras para fins de Reforma Agrária na região. Na tarde desta sexta-feira (26/8), manifestantes fizeram reunião com o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB).
No Maranhão, 450 pessoas - trabalhadores rurais, índios e quilombolas - mantêm ocupação na sede do Incra por tempo indeterminado. A negociação com o instituto não foi positiva, pois a proposta de orçamento do Incra não atende as necessidades dos acampados.
Os manifestantes cobram audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, para discutir recursos para assentar 3.000 famílias acampadas, além da demarcação de terras indígenas quilombolas. A perspectiva é de que mais trabalhadores se somem à luta nesta final de semana,
No Mato Grosso, trabalhadores rurais deixaram a sede do Incra de Cáceres e de Cuiabá. A audiência com o instituto foi marcada para a próxima quarta-feira (31/8). Cerca de 200 famílias participaram da ação.
No Paraná, na quarta-feira (24/8), 150 pessoas acamparam na sede do Incra. A mobilização durou apenas um dia. A audiência com o órgão foi positiva.
Em Pernambuco, cerca de 1.000 pessoas ainda permanecem na sede do Incra. Até o fechamento desta matéria, os Sem Terra estavam em audiência com representantes do instituto. A previsão é que deixem a sede ainda hoje.
Em Santa Catarina, 150 agricultores deixaram a sede do Incra de Florianópolis na quarta-feira, depois de audiência com superintendente estadual. As famílias reivindicavam a compra de novas áreas por parte do órgão para assentar 1.200 famílias acampadas, além de resolver questões pendentes nas áreas de assentamentos.
Fonte:http://www.mst.org.br/node/12392
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