A educação brasileira passa por uma séria crise, em todos os níveis de ensino, com estudantes e professores do país amargando péssimas condições de estudo e trabalho. As políticas neoliberais no campo da Educação tem acarretado constantes cortes em seu orçamento (R$3 bi só esse ano) e deterioração de sua qualidade.
No ensino básico, as greves de professores por todo país demonstraram a real situação das escolas: salas com até 60 crianças, ausência de recursos pedagógicos, falta de professores, salários baixíssimos, cargas de trabalho triplicadas.
A ausência de uma política de Estado comprometida efetivamente com a Educação por parte do atual e dos anteriores governos tem sucateado constantemente a universidade pública brasileira. A expansão sem recursos suficientes do Reuni acarretou vários problemas: salas de aula superlotadas, prédios inacabados, falta de professores e a conseqüente diminuição das atividades de pesquisa e extensão. Os problemas não param por aí, há falta de funcionários e uma “maratona” de matrículas (com estudantes sendo obrigados a dar plantões nas coordenações dos cursos para conseguir uma vaga). Ainda, há falta de livros na biblioteca, falta de vagas nas residências universitárias, o RU não atende as demandas e os programas de bolsas atrasam os pagamentos.
Vivemos um momento oportuno para contestar tudo isto! Neste momento, os trabalhadores técnico-administrativos federais estão em greve há mais de 2 meses, professores dos Institutos Federais também estão paralizados, e os docentes das Universidades Federais possuem um indicativo de greve. Diante deste contexto, está sendo proposto o novo Plano Nacional de Educação, pautado pelo Governo Dilma, que vem agravar ainda mais essa situação. Este, com vigência até 2020, transforma em política de Estado todos os projetos de sucateamento e privatização da educação, além de manter o arrocho financeiro - o orçamento da educação para o próximo ano foi alçado em menos de 3% do PIB.
A situação na qual vivemos exige medidas urgentes! Está na hora de nós estudantes, junto a professores e técnico-administrativos, refletirmos este momento e, a exemplo do Chile, unificarmos nossas lutas em defesa da educação. É hora de exigirmos mais verbas para a educação, mais recursos para aumento salarial (pois uma vida digna é direito de todos os trabalhadores) e investimentos em assistência estudantil: precisamos de mais bolsas de pesquisa, monitoria e extensão, equipar os laboratórios, para compra de livros e computadores, para realização de concursos, para construção de mais quartos na residência etc.
De maneira articulada, está em andamento uma ampla campanha nacional por 10% do PIB pra educação JÁ! Chamamos estudantes, técnico-administrativos e professores da UFPB a se unirem a esta campanha e conosco construir uma pauta de reivindicação para fortalecer todos os movimentos que lutam por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Desde já, para tornar tudo isto possível, torna-se necessário o envolvimento de tod@s estudantes da UFPB! Para tanto, chamamos @s estudantes da UFPB a uma discussão sobre nossas demandas a ocorrer nesta quinta-feira, dia 25/08, após a Assembléia Geral dos Docentes da UFPB.
ONDE?! Auditório da Reitoria da UFPB Campus I.
QUANDO?! Quinta-feira, dia 25/08. Após a Assembléia Geral dos Docentes da UFPB, que será a partir das 09:00h
O QUE?!! REUNIÃO DOS ESTUDANTES DA UFPB SOBRE A GREVE.
FÓRUM ESTUDANTIL EM DEFESA DA UFPB E A FAVOR DAS GREVES
Chamam a discussão:
CA de Serviço Social, CA Pedagogia, CA de Ciências Sociais, CA de Letras,
Coletivo Primavera dos Povos, Coletivo Desentoca, ANEL e Movimento Levante (UFPB)
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