quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sonhos surreais.

Saudades do mangue, dos sorrisos e da tarde em Itamaracá, das noites onde os olhos só avistavam o luar, onde o escuro se tornava vermelho, e o forte se tornava fraco, o homem virava menino, tudo acontecia, e às vezes nem chovia, de tal forma que não vetava a nossa labuta, barbas por fazer, gritos de angústia, choros de desespero, tudo se ouvia e via naquelas noites, até as infâmias daquela única moça da rua ao lado, menosprezo...pois os meus olhos ainda estavam rubros de alegria e sonhos surreais.

Sonhos, contos, fábulas reais, as fábulas são reais? nada importava naquela noite. Soluços irrigados por uma fonte inesgotável de lamúrias, ah... mas como era bela as múltiplas faces daquela noite insâna, e como foi... os vinhos, os cafés, a água, o sangue de uma carne traumática, mas ainda estou sob o efeito do surreal, não consigo sentir a dor, a tristeza, tudo isso não passa de uma imensa desconfiança dos meus prévios sentidos, dilatados e comprimidos, aquilo sim é que era aproveitar a cada minuto e segundo de uma farra sem escrúpulos, mas, mesmo com o fim do cortiço, meus olhos ainda não perderam o brilho rubro da alegria e dos sonhos surreais.

Elson Gadelha

4 comentários:

  1. Do caralho, show de bola!!!

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  2. muito bom, parabéns Elson.

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  3. Pura poesia...um misto de sensações, sentimentos, realidade e imaginação...deixa o leitor em conato com um "eu" que existiria se o permitissem...Eu adooooooooorei!!! Muito bom!!!

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  4. pow, tah de parabéns!!! amei!
    rapha =)

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