45 anos, desempregado, morador de rua, pai de quatro filhos, todos menores de 18 anos, tenta tirar o sustento de sua família, catando lixo e pedindo esmolas nas ruas do Recife. Dessa mesma maneira, outros tantos compartilham essa história de vida. Sexta-feira passada, 17 de dezembro à noite, estava andando pelo centro antigo da cidade do Recife e pude observar esta realidade gritante que se faz presente em nosso dia-a-dia. Havia mendigos, pessoas pedindo esmola, dormindo nas portarias dos prédios. Nesta mesma manhã, na Rua da Esperança, aquela mesma cena se repetia, porém com novas faces quando então crianças e mulheres remexiam o lixo.
Esta miséria que nos é revelada diariamente no corre-corre diário das grandes cidades e vem de encontro aos números oficiais do governo federal. Mas, muitos acadêmicos, esquerdistas partidários e até militantes de movimentos sociais populares vem ratificando o mito do desenvolvimento brasileiro. Este pequeno relato não é exclusividade do nosso bairro, cidade, estado e pais e sim um fenômeno global como relata Noam Chomsky, um dos mais respeitados intelectuais do mundo, em seu livro no livro ?A minoria próspera e a multidão inquieta?, onde expõe os mesmos fatos lamentáveis no ceio do berço do império neoliberal os Estados Unidos da America.
Esse grito sufocante da desigualdade social é encoberto por um intenso processo de aculturação ideológica liderado pelas grandes transnacionais. Sendo assim, O REVOCULTURA: OKUPAÇÕES UMA APOLOGIA A ARTE E CULTURA LIVRE DO DÍA 21 (no Bosque Encantado ? UFRPE) E 22 (na ocupação do MSTS) DE DEZEMBRO em Recife-PE se tornam um espaço estratégico para se repensar o modelo de sociedade que comungamos diariamente. Dialogando sobre as interligações das criações artísticas, culturais e acadêmicas contribuindo com a luta do direito a moradia numa ocupação do MTST-PE.
Informe:http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/12/482669.shtml
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